domingo, 6 de fevereiro de 2011

NOTA DE ESCLARECIMENTO DO DIA 06 DE FEVEREIRO DE 2011

Mais uma vez, em função da continuada campanha promovida pelo repórter Chico Otavio e pelo jornal O Globo, além dos desdobramentos políticos e do noticiário decorrente da substituição em Furnas, tenho a esclarecer o que se segue, em seqüência às notas anteriores já tornadas públicas:

1) Com relação à nova matéria de O Globo, veiculada no dia 05 de fevereiro de 2011, beira o ridículo. Não me ouviram e insistem em versão de empresa ligada a mim, o que é absolutamente inverossímil;

2) não tenho ligação com qualquer empresa que por ventura tenha feito negócios com qualquer empresa ou órgão do governo, incluindo Furnas;

3) é mentira a versão de que fiz emenda para que pudesse o tal negócio ser concluído. A emenda que fiz foi iniciativa do governo e, além disso, era desnecessária a emenda para o negócio. Provo o que estou falando e desafio aos detratores provarem o contrário;

4) sobre a operação de mercado citada na reportagem de O Globo, pelos documentos divulgados por Furnas e disponíveis em seu site, não haveria a possibilidade de Furnas ficar majoritária, mesmo que detivesse 100% da sociedade citada, já que a sociedade citada é que detinha 49% do empreendimento, logo, o máximo com que Furnas ficaria seria 49% do empreendimento, o que não a tornaria majoritária. É uma questão matemática que, infelizmente, o repórter por má fé ou ignorância finge não entender;

5)  com relação à operação mencionada, cabe à Furnas responder, mas pelo que li disponível no site da estatal a matéria de O Globo é absurda e visa única e exclusivamente confundir o valor da operação com a forma de pagamento. Jamais a empresa poderia ter pago valor diferente dos determinados pela governança corporativa (Conselho de Administração e Eletrobrás);

6) com relação à decisão da presidenta da República de substituir a diretoria de Furnas, ela está no seu total direito e gostaria de reafirmar que jamais “peitei” (como assinalaram vários jornalistas), fiz exigências ou qualquer ameaça para manutenção do cargo. Sempre disse que a decisão de tudo alusivo à Furnas era dela e apenas pedia uma definição de critério para o PMDB ocupar os espaços. Defendi também que o partido escolhesse o espaço que a bancada do Rio de Janeiro detivesse, levando em conta ser a maior bancada regional do partido no Congresso Nacional. Jamais disse que esse espaço teria de ser “Furnas”, ou qualquer outro cargo;

7) é importante ressaltar que o sr. Carlos Nadalluti, um profissional que conheci quase às vésperas da sua posse, teve o apoio da bancada do PMDB para suceder Luiz Paulo Conde, em função da sua enfermidade. Trata-se de profissional de mais de 30 anos de casa, superintendente de Operações à época, por acaso até nomeado pelo então diretor de Operações, Fabio Rezende, meu desafeto e detrator. Nadallutti pautou a sua gestão para consertar os erros e estancar os prejuízos que, lamentavelmente, herdou da gestão exercida em Furnas pelos senhores Fabio Rezende e Jose Pedro, que sequer faziam a empresa ter condições de cumprir suas obrigações. Graças ao trabalho de Nadalluti, Furnas reergueu-se;

8)  com relação ao sr. Flavio Decat, não o conheço, mas acho que a sua indicação só corrobora a correção da gestão atual, já que ele atuou, entre 2009 e 2010, como presidente do Conselho de Furnas e nessa condição apreciou muitos dos pontos que estavam no dossiê apócrifo e que, certamente por essa condição, responderá com convicção todos os detalhes. Além disso, os anteriores e, certamente ele os conhece e se errado fosse, com certeza teria a seu tempo tomado as providências cabíveis;

9) com relação às notas da coluna do jornalista Ilimar Franco, dos dias 05 e 06 de fevereiro de 2011, a quem, apesar de estar em O Globo, respeito como profissional, tenho a dizer que se trata de mais uma fofoca e que, logo após lê-la, telefonei ao vice-presidente da República, Michel Temer, e ao ministro Moreira Franco para desmenti-la, o que era até desnecessário, pois a convivência com ambos é estreita e só nessa semana estivemos juntos várias vezes e, também, não estava “possesso” com Furnas, conforme ele escreveu, estava, sim, abordando a situação dos setores do PT que me atacaram;

10) com relação à agressão do colunista Jorge Bastos Moreno, em O Globo, é... sem comentários. Obviamente, nunca acusei o PT e nem ninguém de “bater carteira” e sequer disse que a presidenta poderia nomear até um “cara homossexual, desde que submetido a mim”. A deturpação do que declarei ao jornal O Estado de S.Paulo é tão gritante que só o ódio que ele nutre por mim explica, além da má fé explícita do jornalista;

11)  com relação à nota publicada na revista IstoÉ de que fiz ameaça com CPI, desafio a provarem a quem disse isso, informação que é absolutamente falsa;

12) nunca fiz qualquer ameaça e nem tenho denúncias a fazer contra quem quer que seja, governo ou PT, apenas — repito — denunciei o jogo político de setores do PT já por mim elencados de tentarem buscar espaços através da mentira e da divulgação de dossiês apócrifos.

13) com relação à matéria de O Globo, edição de 06/02, página 13, quero aqui ressaltar que o líder da bancada, Henrique Alves, defende a bancada do Rio, assim como defende todas as bancadas e foi, por isso, reeleito por unanimidade pela quinta vez consecutiva. Tudo o que ele faz pela nossa bancada eu testemunho e o que faz por todas é o que o leva a essa condição. O deputado que me ataca na matéria, Osmar Serraglio é notório desafeto meu e concorreu ao cargo da primeira vice-presidência e obteve apenas 9 (nove) votos. Ele não se conforma com a ausência de holofotes e busca obtê-los, sempre.

14) com relação à nota da coluna Radar, da revista Veja, e às várias citações em inúmeros órgãos de imprensa de uma suposta animosidade da presidenta da República com relação a mim, quero dizer que desconheço tal sentimento. Sempre fui tratado por ela com a maior consideração e respeito. Se animosidade existe, nunca a mim foi expressada. Lutei muito para ajudar na eleição da presidenta. Ajudei muito a explicar as mentiras sobre ela que proliferavam no meu segmento eleitoral. Acredito nela e em seu projeto e, da mesma forma que preferi acreditar na sua sinceridade e não nas mentiras que os adversários professavam, também espero que ela saiba reconhecer as mentiras que são divulgadas sobre mim com relação a esses fatos que abordei nesta nota e saiba, como mandatária, avaliar bem os interesses políticos que estão por trás dessa campanha difamatória.

Ass. deputado federal Eduardo Cunha (PMDB – RJ)
06 de fevereiro de 2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário